Só morrendo para descansar. Sua sede aumenta em frente ao mar. O céu estrelado nega a chuva Mais uma beleza atroz. E os meninos brincam na poeira. Tem lodo na lágrima e no suor E a pela marcada pelo sol. A velhice precoce aparenta fraqueza Engano do olhar que despreza o que for essência. Com pau, com pedra e muita coragem, Não foge se tem que lutar. E os meninos brincam de herói. Estão cumprindo toda a sua sina Desafiados pela própria vida. Amam o solo que só é umedecido Por sereno suor e lágrima Sem parar de cantar. A fome e a sede, repete-se a história, Continuam a castigar. E os meninos continuam a brincar.