A graça passa Passou em Saint-Denis Eu vi, eu vi Iracema no canal E mal e bem num não do sol Na sombra total Calar, cantar, dançar, dormir É tudo igual E mais, e amor Pedi-a ao Monsieur Antoine Gilbert Iracema no café As cartas do velho baralho jogam nossa sorte Os reis escrevem nos vitrais Estrela do norte Nos arrabaldes dessa cidade Além das portas de Paris Fugindo da felicidade Aquém do corpo que o sol quis Monsieur, cadê você? Sumiu da Banlieue Monsieur, cadê você? Sumiu da Banlieue A graça passa Voltou pro Ceará Eu vi, eu vi Iracema à beira mar E mal e bem no sim do sol Na sombra parcial Calar, cantar, dançar, dormir Nada é igual Vento penteia todo o cabelo A duna é cama pra ela e ele O sol desenha na areia branca A sombra incerta desse coqueiro No vai-e-vem da rede A chuva mata a sede No vai-e-vem da rede A chuva mata a sede