Há um rio afogando em mim Secando, secando, secando Tem rompante os mistérios que já vi Esperando, esperando, esperando o fim Há um rio afogando em mim Secando, secando, secando Tem rompante os mistérios que já vi Esperando, esperando, esperando o fim Foi na margem do meu peito Que você pisou e se fez dona Só pra magoar minha ciranda Que desanda, que desanda, se diz andar Esse peso desaba e condena A faminta pescadeira E por mais que você não sinta Ramos e remos, cores e troncos, coroas viúvas Do coito do corpo Do corte da Lua Do Sol do luar Se esse rio desaguar em ti Viverás, viverás, viverás sem mim E se não acontecer assim Morrerás, morrerás, morrerás enfim