A sangue a fogo e a ferro Jurei um dia cantar-te Busquei segundo caderno Mentiram-me pós-moderno E nada em contraparte Cai no canto traiçoeiro E mergulhei no streaming Sem mídia e sem dinheiro Foi um sonho ligeiro Tirei de campo meu time Teu cantador de ofício Vive a fazer malabares Sem fim, sem meios, início A mendigar o resquício A suplicar teus olhares Me aventurei no Edital Que me sopraram ser justo Li, etc e tal Classifiquei festival Não tinha ajuda de custo Atravessei tantos mares Já levitei, fiz furdúncio Mas nada de me notares Busquei em todos lugares Qualquer reclame, anúncio Teu cantador de ofício Vive a fazer malabares Sem fim, sem meios, início A mendigar o resquício A suplicar teus olhares Tem cantador, imagina Até pensou em jabá Mas o esquema sovina Fez muro, pôs concertina E me mandou passear Tem cantador sem plateia Que nunca aceita um não Teve uma nova ideia Tá planejando estreia Espelho, voz e violão