O que me preocupa é que eu tenho uma boa memória E não possa cortar com o meu velho canivete de poesia Essa saudade de lata, essa história Não posso fechar os olhos e atirar pela janela da alma A tua injuria, teus jogos E fingir como se fosse fim Para no fim perceber que é o mesmo delírio De amar em larga escala E sangrar pelos poros do mundo Como se fosse chuva Qualquer céu de mim que morre