Não corro atrás do que me deixa pra trás Desconfio se a esmola é demais Eu sentir na pele, isso que fez ser eficaz Me envolvi demais, me apeguei demais E além do mais já não sei mais o que fazer Não tem pra onde correr Minha cabeça me leva pra lugares nada a vê Diferente dos olhares, eu posso me ver do avesso Entre questões respiro, paro, aperto outro e recomeço Pergunta retórica, no estado líquido, que fala é sólida A verdade dói, estressa igual cólica Fora da órbita As melhores ideias tive fora da órbita Longe do alcance de sua antena parabólica Trabalho duro pra não virar tendência entre os hipócritas Só de pensar por mim já tô contrariando a lógica Não me encaixo em seus padrões, eu sou minha própria forma A mesma mão que te levanta é a que desfia a corda Algo me diz: Acorda, a casa tá alagada De tantas marcas e lembranças navegando em náusea Hoje eu volto pra casa, mas não com a mesma fome Com a nova guia estralando no meu smartphone A mente igual um drone, tô rompendo o limite O peito a mais de nove graus sob a escala Richter Então vai, mas não vai pra tão longe Gosto quando a gente fica perto Se quiser me encontrar me fala onde Vai, mas não vai pra tão longe Gosto quando a gente fica perto Se quiser me encontrar me fala onde Auto diagnóstico, agnóstico Falha no sistema imunológico Eu fugi do seu zoológico Tipo Scooby-Doo, o final era óbvio Mas o sabe tudo desconhece o código Minha Zona Sul Trevas, trevos, treinos e traves Bêbado pra conseguir lidar com o que o sóbrio não sabe Mudam-se os trincos e não viram-se as chaves Vivendo no automático Bipolar como esse período climático Monocromático Pela captura de um instante exato Indústria nos confunde com seus frames de plástico Cansado do seu rap Society Mesmos costumes nova interface Um brinde a modernidade Lembranças são apenas backups Meu cérebro confunde ao processar tantas imagens Não tem pra onde correr Minha cabeça me leva pra lugares nada a vê Diferente dos olhares, eu posso me ver do avesso Entre questões respiro, paro, aperto outro e recomeço Não tem pra onde correr Minha cabeça me leva pra lugares nada a vê Diferente dos olhares, eu posso me ver do avesso Entre questões respiro, paro, aperto outro e recomeço