Foi pau, foi pedra, foi o fim do caminho Foi redemoinho, foi gente por diante Foi chuva, foi vento, foi a criação Foi a plantação, o peão, retirante Saudade de tudo, sobrou quase nada Nem beira de estrada para esperar Querer regressar e a água batendo Cuscada lutando pra não se afogar Foi pau, foi pedra, foi o fim do caminho Chorando baixinho, criançada dormiu Riacho subiu na periferia Nada sobraria, tudo virou rio A esquina, a escola, o que será do amanhã? Notícias, irmã, diga lá como está Vai melhorar, ouvi no noticiário Santinha e rosário pra nos ajudar Foi pau, foi pedra, foi o fim do caminho Tanto desalinho, cobiça, avareza Tanta esperteza, tanto desrespeito Mexeu de jeito co’a Mãe Natureza Quem fez esta conta discursa bonito Ignora os aflitos, pedindo paciência Não sabe a urgência do campo e cidade Navega em vaidades e incoerências