Aviões rasgam os céus O silêncio e o ar A vida atingida Tingindo todo o lugar A canção é uma arma Não desarma canhões Mas o verso potente Atinge os corações A morte executa A fome assina embaixo Escombros, ruínas A ordem é pôr abaixo As crianças não brincam Campos de refugiados Limitam espaços Olhares agoniados No compasso de espera Vão chegando soldados Armados com pedras Esperam do outro lado Quem luta já sabe O risco que sempre corre Quem luta não parte Transcende a própria morte À toda opressão Toda opressão Eu digo não Eu digo não Eu digo não Eu digo não!