Anda, anda, minha carreta cantadeira Pela estrada do rincão que lá se vai E, cruzando os caminhos da fronteira Dar os costados nas barrancas do Uruguai Seus eixos choramingam já muy lentos Num êra boi! Pintassilgo, Boi Pintado Sesteia à noite ao abrigo dos ventos Na restinga, bem juntinho do alambrado Carreteiro vai levando a alma do pago Daquele tempo que era lindo e que se foi Guiada à ombro, vai repetindo o êra boi Estrada afora, a caminho de Santiago Anda, anda, minha carreta cantadeira Pela estrada do rincão que lá se vai E, cruzando os caminhos da fronteira Dar os costados das barrancas do Uruguai Velha imagem refletindo ao pôr-do-sol Estradeando vagarosa ao pampa largo Irmã gêmea do churrasco e mate amargo D'uma saudade carreteando no arrebol Anda, anda, minha carreta cantadeira Pela estrada do rincão que lá se vai E, cruzando os caminhos da fronteira Dar os costados nas barrancas do Uruguai E, cruzando os caminhos da fronteira Dar os costados nas barrancas do Uruguai Dar os costados nas barrancas do Uruguai