Como pode um rio que anda dentro da gente, parar? Mistérios que a gente explica quando sabe imaginar! Nasci à beira de um rio, fui guri em suas margens Levando barcos de sonhos por fantasiosas viagens! Fui pescador, fui balseiro, marinheiro e capitão Fui tudo e fui mais um pouco no meu reino de invenções! Contrabandeei de mentira em noites que imaginei Bolacha, azeite e farinha, cruzadas fora de lei! O rio real ficou longe e eu longe desde que vim Mas meu rio de infância e sonhos não Morreu dentro de mim! Como pode um rio que anda dentro da gente, parar? Pra quem teve um rio na infância nem carece de explicar!