Eu passo o ponto perco a linha o contraponto O desencontro sempre foi nosso cordão Te dou a chave e nem sei que porta el’abre Eu só sei qu'ela trancou meu coração E queima o toque queima a pele queima o estoque E o teu rio desagua na minha mão E a gente nada como quem não quer nada Como quem não quer nada e eu não quero nada não E a vida passa e deixa um rastro de desgraça E a trapaça é dizer que tá tudo bem Se fosse fácil o desenlace dessa valsa Fosse só o amor até eu diria também Você me basta como o fogo pra fumaça Como o fermento pra massa, como o cimento pro chão Pois quando minto acredito no que sinto Mas fui extinto e você dorme com um caixão E bate um vento enquanto eu olho você lendo E de repente eu perdi a noção Você pergunta mas meu bem o quê que foi? E eu digo nada nada nada nada não Eu digo nada nada nada nada nada Nada nada nada nada nada não E você nada nada nada nada nada Nada nada nada nada na minha mão Eu digo nada nada nada nada nada Nada nada nada nada nada não E você nada nada nada nada nada Nada nada nada nada na minha mão