Nasci sem nome, nasci acorrentado Um numero marcado, uma infância apagada Vi o céu pela primeira vez com gosto de sangue na boca Minha mãe caída no chão e eu sem poder fazer nada Fiquei sozinho com os olhos rasos, sem abraço e sem explicação E aprendi cedo que no mundo chorar é punição Meu pai sussurrava lendas enquanto limpava o chão Nika o Libertador que dançava com o coração Um dia ele virá meu filho, com tambor no peito e o riso no olhar Mas aqui só o silencio vai respirar Meu pai foi morto por rir alto numa tarde cinzenta E dizem que liberdade é crime, alegria uma sentença Arrastaram o seu corpo como lixo para ensinar a lição Eu menino, ainda engoli o grito, para não ser mais um no chão Então eu carreguei o Nika como cicatriz, não crença Porque fé demais vira ferida se nascer da ausência Depois da sua morte achei que o pior já tinha passado Mas aprendi que no inferno sempre tem um novo pecado Me jogaram numa arena, crianças iguais a mim Chamaram de jogo, tortura pintada de festim A caça humana onde rir do topo significa matar embaixo O preço da diversão deles é o sangue de quem nasceu no fardo Nos davam 1 minuto, mas correr para onde? Armas disparam, ninguém responde Eu corri com as pernas fracas, mente quebrada e o peito em pranto Cada disparo atrás de mim, era um grito não um canto Vi crianças caírem ao meu lado, sem nome, sem rosto Enquanto os Tenryuubito aplaudiam como se desse gosto E o pior, eu desejei ser atingido Porque viver fugindo da mira é morrer aos poucos escondido Mas algo insistia: Não para, corre, persiste Talvez fosse Nika ou só a sombra do homem que resisti Sobrevivi mas não sai vivo, só restou corpo e a carcaça A alma ficou na arena, entre os gritos e a fumaça Tudo passa? Que dor carrego o peso de quem não conseguiu Memoria arde, em um sangue tão frio Caminhei sem direção até ela, Ginny Um raio e sol na terra onde só nasce a ruína Ela sorriu pra mim como se eu não fosse um monstro Como se os pedaços quebrado ainda tive algum gosto Com ela, pela primeira vez sonhei com calma Deitei a cabeça e ouvi a paz dentro da alma Falamos de seguir, sorrir sem culpa Sabíamos que o mundo deixa sonhos viverem em luta Foi então que descobri meu fardo, milagre? Ou maldição? Arrancava a dor dos outros, ela vinha pro meu coração Tirei sofrimentos de olhos vazios, de gente caída Guardei pra mim como se minha dor já fosse infinita Sempre Tratado como rei ou escória Eu vi De perto fazerem a revolução Não ter jornada fácil se não houver sacrifícios na mala Tipo: Paramecia Eu farei valer cada dom da Pata Bartholomew Kuma Bartholomew Kuma Não ter jornada fácil se não houver sacrifícios na mala Tipo: Paramecia Eu farei valer cada dom da Pata Mais de 500 eu salvei Toquei suas feridas, tomei pra mim oque o mundo negou, um lar um tudo bem Cada grito que tirei deles, guardei para mim E mesmo sangrando por dentro, não via meu fim Ginny me olhava com medo e amor Sabia que eu estava morrendo, ainda escolhia ser flor Ela dizia você não é Deus, mas parece um Eu respondia: Meu sofrimento não é maior que o de nenhum Pela primeira vez eu chorei, pois a forme não senti Ainda tinha forças para sorrir Um pastor com suas ovelhas que trabalha na calada Fui pastor de almas não de palavras, na mão uma bíblia sagrada Exercito Revolucionário me encontrou A minha dor pode ser arma contra quem destruiu e pisou Lutei não por gloria, nem vingança nem nome na bandeira Lutei por cada alma, por cada vida que era inteira Mas o mundo não permite beleza em corpo marcado Ela foi levada, infectada e descartada Me deixaram só com a noticia como se fosse um aviso Até o amor se for de um escravo tem prazo e é indeciso Ela morreu, sem que eu pudesse segurar sua mão E Bonney pequena chorava sem entender a dimensão Naquele choro eu ouvi Ginny uma última vez E prometi que se ela viver eu não me perco nunca mais Refrão Sempre Tratado como rei ou escória Eu vi De perto fazerem a revolução Não ter jornada fácil se não houver sacrifícios na mala Tipo: Paramecia Eu farei valer cada dom da Pata Bartholomew Kuma Bartholomew Kuma Não ter jornada fácil se não houver sacrifícios na mala Tipo: Paramecia Eu farei valer cada dom da Pata Absorvi cada ferida Eles caiam no chão, eu me erguia, mesmo com a alma partida E foi ali naquele campo cinza virado em pó Que alguém sussurrou: Essa foi a revolução de um homem só Mentiram sobre meu nome, sujaram minha historia Me chamaram de Tirano eu só quis mudar minha memoria Fui até atras de Vegapunk com esperança nas mãos Se for pra ela viver livre, apague de mim até o coração Vegapunk me olhou com pena e respeito Disse: Você será maquina, sem alma e sem defeito Eu assenti mesmo sabendo oque isso vai custar Um pai morre quantas vezes for pra filha respirar Saturno veio com 3 exigências Primeiro: Vire um Shichibukai seja um escudo do governo Segundo: Vai seguir nossas ordens, sem sentimentos Terceiro: Vai morrer no vazio e no esquecimento A sala gelou, e meu corpo ficou sem ar Mas por dentro meu coração tremia, como quem vai amar Eu chorei não de dor, mas de gratidão sufocada Mesmo que fosse a última escolha, era a escolha abençoada E antes de assinar oque selava o meu fim Sussurrei olhando no chão, com a alma despida assim Eu não sou um Santo, sou só um humilde pacifista Tentando proteger quem eu amo, mesmo que o mundo insista Sempre Tratado como rei ou escória Eu vi De perto fazerem a revolução Não ter jornada fácil se não houver sacrifícios na mala Tipo: Paramecia Eu farei valer cada dom da Pata Bartholomew Kuma Bartholomew Kuma Não ter jornada fácil se não houver sacrifícios na mala Tipo: Paramecia Eu farei valer cada dom da Pata Utilizado como maquina, escravizado e abusado Usado de carroceria, esse é o meu pecado? É tudo por minha filha eu não preciso me explicar Não importa quem é seu pai, somos todos filhos do mar Mugiwara na minha frente, eu quebrei a própria ciência Meu corpo se move, sem permissão, sem consciência Disseram ser ameaça, criminoso e escoria Mas meu peito oque sobrou dele disse: Protege, AGORA E mesmo sem lembrar seu rosto, seu riso e sua voz O mesmo som que meu pai chamava de herói, entre nós Fui de encontro com minha filha, mesmo a maquina quebrada Te seguro em meus braços, até o fim da jornada Atravessei o campo de batalha como uma estrela cadente Cada passo era um trovão, um milagre, um lamento ardente Saturno é um Deus falso, sentado no trono do medo Ele viu o rosto da justiça, vindo em segredo Meu punho não era metal Era cada lagrima da Ginny Cada choro da Bonney Cada escravo em silencio Cada dor que eu tirei de um inocente Cada promessa feita sem testemunha E então, boom O impacto calou o céu, calou o céu O chão tremeu, esse homem ainda fiel E naquele soco estava a historia de um povo De um pai, de um homem que nunca deixou de ser Bartholomew Kuma