Caminho entre tronos quebrados e risos contidos Sou o som do estalo antes dos muros caídos Deus? Talvez, monstro? Depende do dia Só sei que até a mentira carrega a verdade fria Sou Loki a ideia que os deuses evitam dizer em voz alta Sou o eco de tudo que vive nas sombras do que a consciência exalta Quando você mente olhando nos olhos, sou eu que respiro por dentro do ato Eu sou a alma do teatro do mundo, onde a verdade é só mais um contrato Cada verso é um relâmpago mudo que corta a eternidade em segredo Pois até o silêncio mais puro treme, quando eu transformo mentira em enredo Fui moldado no silêncio que antecede do som, no vácuo onde a razão não respira Ideia que rompe a estrutura da fé, sou o verbo que nunca se retira Enquanto eles rezam por ordem e paz, eu ofereço a beleza do incerto Pois toda certeza que nasce no mundo carrega a mentira no peito, por perto A mentira que lanço não esconde a verdade apenas desnuda aquilo que teme Sou o toque sutil na mente adversaria, sou o sim travestido de quem me entende? Eles clamam por heróis e mártires limpos, mas cospem no rosto do livre pensante Eu sorrio, pois sei que por trás das medalhas há medo, mentira e orgulho errante Será meu nome a minha mentira que vai propagar toda a salvação A Arena treme flores são jogadas escute os cânticos da oração Sombra do gelo, o fogo esconde O vento geme, a terra responde Nos teus passos, o mundo treme A guerra chama, o sangue acende Nos olhos de Loki, o céu desaba Teu riso é o fim que ninguém sabe Teu nome é a chave, tua voz a espada No Ragnarok, a ordem é quebrada Bem vindo ao teatro, Thor abriu a peça com muita fúria Martelo soando ao trovão divino Como se o ceu lhe pertencesse ah tão previsível tao pequenino Depois veio Zeus o velho do Olimpo, suposto rei da porrada Achando que rodar os punhos com a cara feia é estratégia refinada Poseidon entrou mudo, saiu calado, afogado na sua própria arrogância Achou que sua pose bastava, mas Kojiro leu cada linha da sua lança Hercules, o justo, o nobre, o cão adestrado de Atena Entrou com a alma pura, saiu sem ela deu pena Depois veio Shiva o senhor da índia, dançando até queimar os próprios pes Mas não há dança que escape do laço invisível que tece oque chamam de fé E Buda? Ah, o iluminado que cansou de assistir e resolveu jogar Pulou de lado, virou traidor essa parte eu até posso respeitar Hades senhor do submundo lutou bonito morreu com estilo e só Da próxima ponha seu nome em jogo se depender de força só resta o pó Desceu Belzebu o senhor das moscas o mais amaldiçoado do panteão Chorando por dentro sem saber que sua sina é marionete na minha mao Apolo dourado vaidoso veio com seu brilho e falsa humildade E os bobos aplaudiran, como se beleza fosse sinomino de falar verdade Susanoo rugiu o Deus das tempestades achando que teria um embate de nível Um Divino tendo orgulho de morrer pra um humano, é só um verme desprezível E agora que os tolos dançaram, os bravos caíram, os reis sangraram E os deuses malditos Deuses, brilharam e depois apagaram Chega o momento que tanto temem, o nome que sussurram em silêncio A cortina levanta, e o caos sorri Sou eu, Loki Sombra do gelo, o fogo esconde O vento geme, a terra responde Nos teus passos, o mundo treme A guerra chama, o sangue acende Nos olhos de Loki, o céu desaba Teu riso é o fim que ninguém sabe Teu nome é a chave, tua voz a espada No Ragnarok, a ordem é quebrada