Hoje, assistindo agora ao videotape Das distantes tardes que a lente Da memória projetou Eu me equilibrando na gilete E do céu chovia canivete E pra não escorregar Cantava então uma canção popular Ia na ponta dos pés, na ventania Mas as notas de uma melodia Me levavam pelas mãos E hoje do outro lado da gilete Tiram o chapéu, jogam confete E pra comemorar Eu canto então uma canção popular Por isso eu canto Melodias são estrelas claras Que iluminando as palavras Nas canções viram rimas Vêm pra dar voz a quem emudeceu Vêm pra alegrar a quem entristeceu Por isso eu canto Pela boca palavras cantadas São caminhos, são como estradas Pra infinitos destinos Moram num papel, na memória de alguém Na alegria, na tristeza vêm Na mesa de um bar Nos versos de uma canção popular Por isso eu canto Pela boca palavras cantadas São caminhos, são como estradas Pra infinitos destinos Moram num papel, na memória de alguém Na alegria, na tristeza vêm Na mesa de um bar Nos versos de uma canção popular