Traço firme, ponta da caneta sangra Não é filme, o fato é que essa vida é foda Falei de timbres, ela gosta da fama Viver a vida simples mas ela curte a grana Superfície pra mim é algo fútil Ela chama de inútil todos quem não engana Mete um sorriso tando triste Uma gravata no pescoço fica mais fácil da quit A vida é um sopro Demora dar certo Demora ser sincero com você e com os outro A vida é alquimia, transformo tudo em ouro Ontem falei pra minha tia que hoje eu seria o próximo Não gostam da arte, só gostam de famoso Caneta vale o esforço e pra mim já tá ótimo A alma é só um caroço que eu boto nessas linha Amo porque são minha, odeio fingir ser outro E se minha olheira denunciasse o que vi Além desse eterno cansaço Vestido de mormaço, indo comprar outro maço Mudei tanto desde março e foi nessa que te vi Naquela escura rua, ca alma despida nua Afim duma aventura, ela é tudo menos tua Fuma calma, mescla fúria, decora a nomenclatura Descola tudo na lábia e chora no quarto escuro A vida é complicada memo Tô desenvolvendo um plano Que não tem erro no meio só que pode levar anos Confiança pras irmã, preciso levantar meus mano Me sentido errante até chegar no eu te amo Eu sempre quis didática, até chegar a prática E me derrubar lágrimas com a saudade que tenho Não são só palavras, é a direção da água Rimo porque são mágoas, não posso ser mais o mesmo Hipnose, mariposa vai em direção a luz da lamparina O cheiro do chá de camomila migra Pelos cômodos da casa de cima Pus um ponto final onde ainda tinha linha Culpe a ortografia Tipo, nada que o silêncio não te explicaria Mas o que chamo de linguagem você diz ser gíria (sem novidade) O que tu chama de milagre eu chamo de ginga (paranaue) Prece flow (parece) Mas é só mandinga (da braba) Época de vacas magras, o peso nas pálpebras Vai deixando o mundo sem cor O meu conselho pra lidar com essa dor É ter uma carta na manga e muita bala no tambor