Êeeh, Lampião, Virgulino, Virgulino Virgulino Lampião Cabra macho do agreste Capitão do meu sertão Comigo ninguém se mete Meu facão é meu punhal Mato, sangro, pinto o sete Passo a faca na moral A volante dá trabalho Mas eu não dou mole não Sigo em frente, pego e mato Não perdoo cabra não Não tolero covardia Nem traíra, nem chorão A palavra também cria O homem forte do sertão Me tornei homem valente Por causa de traição Não fujo, mas sigo em frente Haja frio ou calorão Só tenho aquela fraqueza Que me corta o coração Digo com toda franqueza É Maria, minha paixão Mulher doce e formosa Não se acha fácil não Ainda assim bem corajosa Não se doma fácil não Se eu cair frente à sorte Me levanto atirando Minha honra é meu forte Meu orgulho e o meu mando Digo a Deus na minha morte Que os pecados eu assumo Quando eu vir de novo o Norte Desta vez acerto o rumo