Yeah São duas da madrugada e procuro uma vida a sério Nunca se passa nada, fico à porta do meu prédio Meu tropa, gira-me a broca ou passa no meu cota Arménio A Quisaca tá na casota, os ressacas querem remédio Penso em fazer império, juntar uma grana Pôr bem os meus filhos, pôr bem a dona Susana E se não for de som a som há-de ser grama a grama Ou acabo em cima de um palco, ou eu vou acabar em cana Nunca foi vida louca, foi mais vida de lama A disparar as minhas tiras na sombra do De La Peña Aqui sentes o cheiro, a fome, cada um faz a sua cama E há quem beba todos os dias sem comer uma semana Como é que tás? Os anos vão passando Eu quero saber como é que tás A vida bate forte O teu futuro o que é que traz? No pouco eu fiz muito No muito, eu quero mais E tu, como é que tás? Como é que tás? Os anos vão passando Eu quero saber como é que tás A vida bate forte O teu futuro o que é que traz? No pouco eu fiz muito No muito, eu quero mais E tu, como é que tás? Como é que eu tô? Tô acordado e agradecido por mais um dia A ver os beaus todos tortos com ataques de esquizofrenia Eu sou do tempo em que a Madorna era uma praça em cada esquina Do Cabelo a dar remates na boca da moinaria (Ai meu Deus) Corações com arritmia Quartas meias e gramas é o slogan da academia Madre Mia, faço parte da minoria Vê o povo que vota numa cara nova e nunca vê nada de novo (Espera) Aqui se falas muito, cortam-te as artérias Aprende a falar pouco e a não dizer asneiras Aprendi cedo que não se brinca com gente que é séria Olha que a fome não é fama, é fugir da miséria (Os anos vão passando, eu quero saber) Como é que tás? Os anos vão passando Eu quero saber como é que tás A vida bate forte O teu futuro o que é que traz? No pouco eu fiz muito No muito, eu quero mais E tu, como é que tás? Como é que tás? Os anos vão passando Eu quero saber como é que tás A vida bate forte O teu futuro o que é que traz? No pouco eu fiz muito No muito, eu quero mais E tu, como é que tás? (Ahn)