São milhares de perifa Descendência de quilombo Guerreiro sofredor Não entre em desgosto Embora o dia a dia ainda Seja o sufoco São milhões igual a nós Espalhados no Brasil A maioria pobre que Por anos resistiu A opressão do sistema que Não conseguiu Acabar com nossa luta A força de vontade Na fúria que nós é o Pesadelo dos covardes Orgulho que invade E explode no peito Na rima você sente o Poder e o efeito O rap sempre traz o Retrato da favela A vida real não É igual novela É depressão ao extremo Pressão psicológica Sobrevive ao veneno As lembranças são caóticas Inteligência nata, andar firme na rocha Se duvida vem aqui Revista, confirma Enquadrada na cinta O corre tá foda, tá zica Fazer o quê? Entre o sonho e a vontade Eu quero sobreviver E ter um sorriso Estampado no rosto Acreditando que verá a Recompensa do esforço Pra quem lutou Desejou E sempre esperou Quantas almas se perderam por causa da Ambição O amor pelo dinheiro influencia os Irmãos O cidadão da pátria que desce a Quebrada Pra defender o pão Ele vende e mata