Agô, matriarca gera a verve Da retinta epiderme, a força Yorubá Nagô resplandece na cabeça O adê da realeza atrai a princesa Iyá Sopra a fúria em Oyó, griva o barco pelo enfuno Traz o trono de Alafin, Salvador será seu rumo Reina em cultos velados uma fé que mantinha O Candomblé da Barroquinha Sai faísca quando afia o oxê A justiça se inclina pro Imalê Mãe advoga em prol de Vila Vintém Faz valer a negritude sempre vista com desdém A intolerância não sobe ladeira A filha de santo a herança semeia Segredo de Ifá, o bamboxê guardião É fundamento ancestral, xirê em transmutação No Engenho Velho ouço a louvação Ylê Axé Iyá Nassô, Ora yê yê, ô okê arô Ylê Axé Iyá Nassô, kabecilê meu pai kaô Babá Dankô, o bambuzal que adorna Ketu Baila em Orikis feito redemoinho Airá intilé é o caminho Tem salão e camarinha onde logra o altar A baiana na cozinha prepara o amalá No Ylê da UPM, a terra treme No Ylê da UPM, o corpo treme Ialorixá bradou, quem desvencilha? O machado de Xangô Compra a briga da sua filha