Yeah A vida cobra o que a gente planta O futuro escuta tudo que o presente cala Vamo falar a verdade No campo escuro da lembrança eu cresci Tempestade no céu, trovão falando por mim O medo era pequeno, quase não dava pra ver Mas no silêncio da alma ele aprende a crescer Entre sombras, passos, erros que ninguém nota Eu guardava na mochila cada palavra torta E o tempo fez questão de me ensinar devagar O que a gente vive cedo, volta pra apertar Vi gente forte cair, gente fraca levantar Vi quem tinha ouro na voz preferir se calar E percebi que a ignorância é faca sem afiação Não corta na entrada, mas rasga na decisão A gente finge que não sente, mas sente E o que não cura vira dente Que morde o sonho da gente E o futuro paga a conta do presente O maior trauma vem da infância Não vote na ignorância Não deixe no presente um caminho tão duro Porque seus filhos vão sofrer no futuro O maior trauma vem da infância E o peso cai com constância Se hoje a gente erra, amanhã vira muro E seus filhos vão sofrer no futuro Eu vi criança sem sorriso, adulto sem opção Vi quem vende esperança pra comprar desilusão Vi a rua ensinando mais que muita universidade E aprendi que a verdade é o mapa da liberdade Quando o medo vira guia, o mundo fica acanhado E um povo inteiro anda sem saber o próprio lado E o grito que ninguém quis ouvir lá atrás Se transforma nos fantasmas que voltam depois, voraz É a ponta solta da história que o tempo não enrola É a bola que você chuta e um dia ela retorna Se a gente fecha os olhos pra verdade que dói Amanhã ela machuca quem vem depois de nós É fácil dizer tanto faz, difícil é viver o depois Porque o futuro não é nosso, é dos pequenos, não dos grandes E eles vão ter que carregar os pesos que a gente deixou O maior trauma vem da infância Não vote na ignorância Não deixe no presente um caminho tão duro Porque seus filhos vão sofrer no futuro O maior trauma vem da infância É ferida que cria ânsia Se o ontem foi escuro, ilumine o agora Pra que seus filhos não chorem lá fora Abre o olho, sente o vento O amanhã é movimento Cada passo que se pisa deixa marca no chão Pensa bem no que decide O futuro é quem divide Entre dor ou esperança a próxima geração Eu não escrevo pra ganhar razão Eu escrevo porque a vida cobra explicação E quem já viu o peso de um medo infantil Sabe que a dor que começa pequena vira fuzil Vira muro, vira trauma, vira nó na garganta Vira voto errado que depois ninguém aguenta E quando o mundo cai, cai sempre no colo De quem ainda tá aprendendo a andar sem rótulo Então escuta essa batida como quem escuta um aviso O amanhã precisa de mais que improviso Se a escolha é semente, planta com consciência Porque é cruel ferir o futuro por pura negligência O maior trauma vem da infância Não vote na ignorância Não deixe no presente um caminho tão duro Porque seus filhos vão sofrer no futuro O maior trauma vem da infância Olhe bem pra sua consciência O amanhã não é muro, não é seguro Se a gente errar, quem paga é o futuro Cuida do agora Cuida do agora Porque o futuro tem o rosto De quem você mais ama