Quando o prea morreu A prea não ficou só Porque veio bicho que só Para o enterro seu Pra o enterro apareceu O porco espim e o gambá A onça, o tamanduá E veado galheiro Houve choro e desespero No enterro do preá A raposa foi chegando Chorando desesperada E na prea enviuvada Ela foi logo abraçando O preazim lamentando Por seu pai morto está Caiu duro no sofá E foi pro hospital ligeiro Hove choro e desespero No enterro do preá Pobre do camaleão Chorava muito dizendo O preá ficou devendo Só a mim mais de um milhão Aí foi quando o leão Disse a ele venha cá Deixa essa dívida pra lá Esqueça esse dinheiro Houve choro e desespero No enterro do preá Pra acompanhar o caixão Com o preá pra sepultura Veio a dona saracura O jacu e o cancão O xexéu, o gavião A lambu e o sabiá A ema e o carcará Que chorava o tempo inteiro Hove choro e desespero No enterro do preá Quieto sem nada dizer O urubu chegou então E partiu para o caixão Para ao preá comer A onça disse você Ao preá não comerá E agora eu vou lhe dá Um mordidão bem certeiro Hove choro e desespero No enterro do preá Chorava o jacaré O tejo e o timbu A cotia e o tatu Choravam triste sem fé O macaco chimpanzé Subiu num pé de juá E escapoliu de lá Em cima dum formigueiro Houve choro e desespero No enterro do preá Antes de chegar na cova Deu-se uma confusão A lagartixa cansada Não pôde mais com o caixão O caixão caiu no chão Aí foi grande o bafafá Porque matou o imbuá Que do sapo era parceiro Houve choro e desespero No enterro do preá No meio da confusão Chorava muito a pantera E dizia o preá era Para mim um amigão Nisso o pássaro carão Pegou um pau de jucá E disse eu me mato já Do preá sou companheiro Houve choro e desespero No enterro do preá