Menino de rua Que vive sozinho Sem ter o carinho De mãe e nem pai Da sua família Vive desprezado E é humilhado Aonde ele vai Seu lar é a rua Onde não tem nada E uma calçada É a sua cama Papel de embrulho É o seu colchão Sofre igual um cão Que ninguém o ama Menino de rua Sai pedindo esmola Com uma sacola Suja e fedorenta Se não fizer isso Ele nada come Se acaba de fome E ninguém o alimeta Quando ninguém dá Alimentação Vai para o lixão Com os ombros nus E ali no lixo Sem sentir preguiça Disputa carniça Com os Urubus Não tem quem lhe dê Um par de calçado Anda esmolambado Sem roupa que preste Um calçado bom Nunca viu na frente E roupa decente Morre e nunca veste Menino de rua Bastante padece E quando adoece Nenhum só vivente Lhe dá o remédio E nem lhe socorre E assim ele morre Como indigente Ninguém lhe oferece Esporte e lazer Pra ele fazer Treinos ou iogas Por isso ele cresce Pedindo e roubando E termina entrando No mundo das drogas Menino de rua Não tem a seu lado Governo de estado E nem federal Por não ter apoio De algum estatuto Vive como bruto E vira marginal Menino de rua É desprotegido Por ser excluído Da sociedade Por ele viver A vida na rua Só aumenta a sua Infelicidade