Vou contar nesse poema Uma história ruim E depois que a história For contada até o fim Vocês vão ver que não tem Cabra mole igual a mim Com meu cachorro caçando Eu ia subindo um morro Apareceu uma onça De medo eu quase morro Atirei na onça e a bala Pegou foi no meu cachorro Meu gato estava brigando Com gato selvagem do mato Atirei para matar O gato selvagem ingrato Mas a bala do meu tiro Acertou foi no meu gato Na minha casa um ladrão Entrou rápido igual raposa Agarrou minha mulher Pra mexer na sua coisa Eu atirei no ladrão Pegou foi na minha esposa Um tarado agarrou Minha filha numa ilha Dei um tiro nele antes Dele estuprar cecilha Mas a bala acertou No peito da minha filha Um jacaré atacou O meu colega rodrigo Eu atirei pra matar O jacaré inimigo Mas a bala pegou foi Na testa do meu amigo Uma cobra deu um bote E agarrou meu papagaio Baixei pra matar a cobra O facão do véi sampaio Mas matei foi o meu louro E ali eu dei um desmaio Um leão saiu da jaula E pegou mamãe margarida Atirei com uma pistola Pra do leão tirar a vida Mas a bala acertou Foi na minha mãe querida Peguei uma baladeira Do filho de joaquim E atirei uma pedra Pra matar um guaxinim A pedra bateu num pau Voltou e pegou em mim Eu vi um doido agarrado Com minha irmã Mirian Eu dei uma peixeirada Pra matar o doido Ivan Mas a peixeira entrou Foi no bucho da minha irmã Um ladrão tava assaltando Meu filho no nosso lar Eu atirei no ladrão Mas para o meu azar A bala pegou na boca Do meu filho Valdemar Aí meu Deus como eu sou mole Mole igual a mim não há Minha moleza só cresce E jamais acabará Outro mole igual a mim Não nasceu, nem nascerá