Quando eu com os meus pais Lá na fazenda morava Todo dia bem cedinho O meu pai se levatava E ia com alegria Desleitar a vacaria Com um balde afinal Era o leite ele tirando E eu só observando Na Porteira do Curral Depois que tirava o leite Papai levava o gado Para que durante o dia Pastasse lá no roçado Ele abria a porteira E passava a manada inteira Animal por animal E eu achava tão lindo Ver todo o gado saindo Na Porteira do Curral No finalzinho do dia O meu pai ia buscar O gado lá no roçado Para no curral botar E eu em toda carreira Ia abrir a porteira Achando aquilo legal E ficava observando O gado todo entrando Na Porteira do Curral O meu pai ia pra feira No seu cavalo montado Quando chegava da feira Desmontava bem vexado E antes de almoçar Ia o cavalo banhar Debaixo dum pé de pau E depois dele banhado Deixava-o amarrado Na Porteira do Curral E depois que o meu pai Terminava de almoçar Antes de deitar um pouco Para o corpo descansar Ia o cavalo levar Na roça para pastar Lá dentro do capinsal Mas para poder levá-lo Desamarrava o cavalo Da Porteira do Curral O meu querido irmão Da fazenda era carreiro No velho carro de boi Trabalhava o dia inteiro E no final da tardinha Para a fazenda ele vinha Com um cansaço infernal Soltava os bois no roçado E deixava o carro encostado Na Porteira do Curral Quando era ano de seca Faltava pasto no chão E papai vendo o gado Sem ter alimentação Para a cidade ia Comprava e então trazia Ração boa especial E botava com prazer Para o gado comer Na Porteira do Curral Quando o veterinário Vinha vacinar o gado Eu corria para ver O gado ser vacinado Mas no curral não entrava Porque um medo me dava De levar um coice mortal Pra vê o que ele fazia Eu apenas só subia Na Porteira do Curral Os meninos do vaqueiro Que na fazenda morava Para brincar no terreiro Da fazenda eu os chamava E com muita empolgação Nós ia jogar pião Que é sensacional E nós jogava contente No terreiro bem na frente Da Porteira do Curral