Expedito faleceu Em trinta e um de dezembro De oitenta e um eu lembro Do fato que aconteceu Num carro tanque bateu Seu opala zeladinho E o poeta ligeirinho Do mundo desaparece O nordeste não esquece De Expedito Sobrinho Quarenta e dois anos faz Da morte de Espedito Mas o nordeste aflito Inda se sente demais Com a saudade que trás Dor igual a de um espinho Cada um seu amiguinho Ainda chora e padece O nordeste não esquece De Expedito Sobrinho Mesmo com mais de quarenta Anos que ele morreu Sobre o talento seu O povo ainda comenta Duma morte violenta Ele morreu rapidinho Mas os seus fãs com carinho Seu nome ainda enaltece O nordeste não esquece De expedito sobrinho Ele foi um Repentista De alta capacidade Por isso deixou saudade Para o apologista Mostrava ser bom artista Quando tocava no pinho Cantou igual passarinho Na mata quando enverdece O nordeste não esquece De Espírito Sobrinho Para a gente pensar nele Tem um poema conhecido Adeus do Filho Querido Que é de autoria dele Os que escutaram ele Cantando bem de pertinho Sentem que no seu caminho A saudade aparece O nordeste não esquece De Expedito Sobrinho Para debaixo do chão Expedito foi embora Mas ele ainda mora No coração do povão Não lhe esquecemos não Nem se quer um minutinho E no nordeste todinho A saudade dele cresce O nordeste não esquece De Expedito Sobrinho