Na cidade Iguatu Uma doida bem valente Se soltou-se da corrente Foi grande o turututu Me disseram agora tu Pegue essa doida vadia Eu pegava ela corria Porque de mim se soltava Quando eu ia ela voltava Quando eu voltava ela ia Com a minha namorada Fiz um trato pra fugir Na noite de nós sair Deu uma chuva pesada Eu saí por uma estrada E por outra ela saia Na hora que ela me via Eu dela desencontrada Quando eu ia ela voltava Quando eu voltava ela ia Fui passear de canoa Numa bonita barragem Eu fui com muita coragem Achando a coisa boa Caía muita garoa E d' água a canoa enchia Para um lado eu pendia E para o outro ela tombava Quando eu ia ela voltava Quando eu voltava ela ia Eu estava trabalhando Bem perto dum arvoredo Quando saiu dum lagedo Uma cobra se arrastando A bicha vinha fungando Porque morder me queria Quando o cassete eu batia A cobra se desviava Quando eu ia ela voltava Quando eu voltava ela ia Minha mulher com rancor Se zangou comigo um dia Dizendo que não queria Me dá mais o seu amor Com um tissão abrasador Ela atrás de mim corria Aonde eu me escondia A danada me achava Quando eu ia ela voltava Quando eu voltava ela ia Fui atravessar um rio Com a mulher que eu amava A danada não nadava Foi grande o meu desafio Me deu logo um arrepio Quando na água ela descia Pra cima eu lhe subia E pra baixo ela me puxava Quando eu ia ela voltava Quando eu voltava ela ia Andando de bicicleta Na cidade Catingueira Fui subir uma ladeira Sem pensamento pateta Ela ficou incompleta Que a corrente escapolia Quando ajeitar eu ia A corrente se torava Quando eu ia ela voltava Quando eu voltava ela ia Fui com a minha vizinha Tirar coco no coqueiro E ela subiu primeiro Seguindo na frente minha Quando eu subia ela vinha Quando ela vinha eu subia Aí logo ela descia Quando subir eu tornava Quando eu ia ela voltava Quando eu voltava ela ia Eu vi uma doida andando Sobre a linha do trem E quando dou fé lá vem O trem se aproximando Fiquei por ela gritando Mas ela não me atendia Quanto mais o grito ouvia Mais ela se atrapalhava Quando eu ia ela voltava Quando eu voltava ela ia Entrei numa lanchonete Para um lanhe fazer Chamei com todo prazer O nome da garçonete Ela era Elizabeth Mas como eu não sabia Eu lhe chamava Maria E ela nem me escutava Quando eu ia ela voltava Quando eu voltava ela ia