No passado eu fui criança Também fui adolescente No presente sou um adulto Ainda forte e potente Se eu não morrer, no futuro Serei um ancião demente No passado eu fui um jovem Cheio de força e vigor No presente eu sou um Adulto trabalhador No futuro serei um Ancião cheio de dor No passado eu fui um moço Bonito de admirar No presente meio feio Tô começando feio ficar No futuro eu vou ser velho E feio de assombrar No passado eu tinha força Muita força de verdade No presente a minha força Está só pela metade No futuro a falta dela Não irá ser novidade No passado eu tinha dentes Alvinhos como marfim No presente a minha boca Tem dente pouco e ruim E no futuro os meus dentes Irão todos terem fim No passado eu trabalhava Em tudo sem atrapalho Meu trabalho no presente É improdutivo e falho E no futuro eu irei Aos outros dá trabalho No passado eu plantava Milho, arroz e feijão Hoje eu não planto nada Por estar sem condição E no futuro eu vou ser Plantado dentro do chão No passado eu comia Todo alimento cozido Hoje eu só como mingau E se for bem mexido E no futuro eu irei Ser pela terra comido No passado eu andei muito Em lugar bem diferente Já hoje em dia eu só ando Dentro de casa somente No futuro eu vou parar De andar completamente No passado eu fui um jovem Cheio de disposição No presente sou adulto Indisposto e sem ação No futuro eu serei Um fracassado ancião Neste poema que eu fiz Eu pesaroso expressei As fases da minha vida E em poesia anotei Dizendo o que eu fui O que eu sou e o que serei!