Motorista que invade Sepre a faixa contrária De forma desnecessária Na BR ou na cidade Em alta velocidade Passa todo exibido Em trecho não permitido Não reduz não freia ou para Tá na cara que esse cara Pra o volante é perdido Homem casado que vai Pra rua se divertir Sem nunca em casa cumprir As obrigações de pai Deixa a esposa e sai Com a carteira na mão Pra gastar com Conceição Com Maria Joana ou Sara Tá na cara que esse cara Não ama a família não Vaqueiro que deixa o gado Espalhado pelos matos Não combate os carrapatos Que pertuba o boi, coitado Ao bezerro desmamado Empurra pra vê o baque Contra a vaca faz ataque Batendo até de vara Tá na cara que esse cara É Vaqueiro de araque O médico que de plantão O paciente consultar E o remédio indicar Para aquele cidadão Se esse remédio não Deixar à pessoa curada A doença desgraçada Mata ela e não sara Tá na cara que esse cara É um médico de faxada Se numa igreja um pastor Diz que cura um irmão Toma dele um dinheirão Pra acabar dele a dor E a dor causa horror Ao pobre do irmão E ele sem solução Com a morte se depara Tá na cara que esse cara É um pastor charlatão Se você ver uma pessoa Sentada em uma praça E dizendo que a cachaça É coisa bastante boa Que bebe cana coroa Caranguejo e alcatrão Bebe conhaque São João Da Barra e sapupara Tá na cara que esse cara É pingunço e beberrão Se um jogador não faz Nem um gol numa partida E o time em seguida Não ganha e fica pra trás O jogador sem cartaz Perde todo seu valor Nem um time amador A esse jogador encara Tá na cara que esse cara É um péssimo jogador O cantador que decora Para só depois cantar Não consegue Improvisar Nem um repente na hora Com a viola sonora Não faz a rima correta Até estrofe incompleta Cantando ele dispara Tá na cara que esse cara Não é mesmo um poeta Comerciante que engana Na caneta e no peso Deveria era ser preso Pra deixar de ser sacana Diz que a preço de banana Os seus produtos serão Aí os clientes vão E só acham coisa cara Tá na cara que esse cara É um vendedor ladrão