Conheci um casal que Em tudo era igual Era grande a igualdade Que havia nesse casal Era um casal compatível Em nada era desigual O casal era igual mesmo Pois em tudo combinava E até mesmo no nome Um com o outro se igualava Ele se chamava Antônio E ela antônia se chamava E por combinar em tudo A antônia resolveu Se separar de Antônio O então marido seu Aí foi para o fórum Do juiz Bartolomeu E na frente do juiz Antônia disse, doutor Eu me casei com Antônio Mas confesso ao senhor Que vou me separ dele Com ele a vida é um horror O juiz disse: Antônia Por favor queira explicar Os motivos que você Tem para se separar Do seu marido Antônio Porque vão se disquitar? Diga todos os detalhes Não deixe um só de fora Pra que eu possa fazer O desquite da senhora Antônia disse, doutor Vou lhe contar tudo agora Vou lhe contar os motivos Que me fez sentir vontade De me separar de Antônio Bem ligeiro, majestade! É que entre eu e ele Existe muita igualdade Eu gosto muito das festas Que no nosso lugar tem De festas o meu marido Antônio gosta também E ele só vai pra festa Comigo e mais ninguém Eu muito gosto de praia Na praia sinto alegria O meu marido Antônio Uma praia aprecia E ele só vai à praia Comigo na companhia Eu gosto de viajar Para lugar diferente Antônio, pelo gosto dele Passeia diariamente E somente a meu lado Ele passeia contente Eu gosto de vaquejada Vaquejada ele adora Eu gosto dum forrozinho Por forró ele até chora Tudo aquilo que eu quero Antônio quer toda hora Eu gosto de estudar Antônio gosta de estudo Faça o desquite doutor Minha ideia não mudo Não quero Antônio porque ele Combina comigo em tudo! Quando ela acabou De tudo isso dizer O juiz disse, antônia Não consegui entender Se vocês combina em tudo Vão se separar por quê? Ela disse, seu doutor Lhe digo sem cambalacho Vou me separar de Antônio É melhor pra mim eu acho Por que igualzinho a mim Ele também gosta de macho Este poema que você acabou De escutar é de autoria do poeta J Sousa, que mora lá no sertão da Paraíba