Correntes, aprisionam sua alma Sistemas condicionam suas mentes A semelhança não é coincidência A discrepância não é ocasional A descendência não é deficiência O coronel ainda esta no seu papel Toda dependência, espera de melhora sem nada fazer Vem desta cultura latifundial Pelos campos cultivados em suor e sangue Pelo asfalto onde correm orgulho e ódio As raízes se espalham desordenadas Que se ergam sem medo um novo amanhã! Senzala! Onde dormem os que mais sofrem A relação de prisão, liberdade assistida O que muda? Paletós e gravatas, enxadas, chibatas Todos somos escravos do sistema imposto! Tragam a mim O lucro do dia, a roça vendida Esqueçam de si Trabalhem, produza reduza. Escraviza! Senzala! Senzala, senzala, senzala, senzala, senzala, chibata, senzala, escravidão!