Ei! Vestida toda de branco A minha memória transformou em retrato Esta tua imagem não me sai da cabeça Aprendemos da pior forma, o tempo passa depressa Tu sentada no quintal e eu abraçado a ti Eu não fui ao funeral porque eu também morri Não sei quem perdeu mais, tu ou eu Tu perdeste o teu chão e eu perdi o meu céu Gostaria de ter 'tado lá pra te abraçar Mas se eu caísse à tua frente, quem ia segurar? Não me despedi, talvez tenha sido um erro Mas tu entendes porque também não foste ao enterro Das coisas mais difíceis que já escrevi (foi) A coisa mais dura que já vivi (foi) Perdi a minha força toda quando te vi Se tu sentes o que eu sinto, eu tenho pena de ti Eu já não sei o que fazer Para te ver, sorrir de novo Eu já não sei o que fazer Para te ver, sorrir de novo Ei! Escrevi este poema curto e objetivo Pa dizer que adorava ver o teu sorriso mais uma vez Como era, quem me dera Te ver a sorrir daquela maneira verdadeira Como vou pedir pa tares bem se eu não tô? (Como?) Como vou pedir pa tu sorrires se eu não vou? (Como?) Vi-te arrastar os pés, não sei se era suposto Eu sentir tanto medo de tu abraçares o desgosto Por favor, não caias, preciso dos teus pés Eu te garanto que não aguento morrer outra vez Disseste que eu e o cota tamos parecidos Então daqui pa frente, eu sou o teu marido Das coisas mais difíceis que já escrevi (foi) A coisa mais dura que já vivi (foi) Perdi a minha força toda quando te vi Se tu sentes o que eu sinto, eu tenho pena de ti Eu já não sei o que fazer Para te ver sorrir de novo (um ramo de rosas pra minha rosa) Eu já não sei o que fazer Para te ver (minha mãe, minha vida) Sorrir de novo Eu já nem sei Para te ver (Sara Tavares) Sorrir de novo Ê, para te ver, sorrir de novo Se eu pudesse, eu te faria abraçar-me (sempre que desse vontade) Só mais uma vez Se eu pudesse, eu te faria beijar-me (Só pra te ver chorar) Só mais uma vez, só mais uma vez Mais uma vez