Real como a fé, mostre o que é Tudo o que se faz que não se pode ver Me diga então qual é a razão Da dor que há que não se pode acabar Olhos fechados pra ninguém mais perceber Que ao lado estão as mãos que imploram por perdão Aqui estou Pois o tempo escolhe E de novo encobre o que restou Eu já não sou Me fiz dissidente Nada é permanente Nem a fé no Senhor Quantas vezes nasci, quantas morri Esperando por quem traria sentido aqui Mas já não sou mais quem costumava ser Quando lhe questionei o problema do bem Pois, afinal, se a vida é boa por si só Assumo o apreço por ela a se ter e a se querer O que ecoou Incomodou A existência A história De quem não vi E o que ficou? O caos ou o amor Oito ou oitenta Escolha e assine aqui Sentidos que já não mais me comovem O fim, o início A dor e o riso De quem escolhe Graças a Deus eu dou por se ressentir Pois eu devolvo esse bilhete Graças a Deus eu dou por não mais servir A um Senhor tão distante E aqui estou Com o que sobrou Me fiz dissidente Nada é permanente Nem a fé num Senhor Nem mesmo a fé num Senhor Graças a Deus eu dou