Fragmentos espalhados, ninguém consegue juntar Cada lembrança tua me faz sangrar Nos cantos da mente, ecoa teu olhar Sinto-me quebrado, sem força pra lutar Tudo que tentei, tudo que perdi Vem me assombrar, me prender aqui Não posso escapar, não sei respirar Teu fantasma me consome, me faz afundar Sou só cacos de mim, despedaçado e vazio Carrego teu nome, tua sombra, teu frio Nada volta, nada cura, nada tem perdão Cada passo que dou me afasta da razão Palavras não ditas queimam como fogo O silêncio grita o que não confessamos Olhos fechados, revivo o sufoco O que eu faria se ainda te encontrasse no mundo? Se eu pudesse, reconstruiria o tempo Mas só me resta sentir o tormento E cada suspiro é um corte profundo Caminhando só nesse abismo fecundo Sou só cacos de mim, despedaçado e vazio Carrego teu nome, tua sombra, teu frio Nada volta, nada cura, nada tem perdão Cada passo que dou me afasta da razão Fragmentos soltos, alma em pedaços O que restou de nós se perdeu nos espaços E eu sigo, apenas cacos de mim No eco da dor que insiste em existir