Cortinas de sangue, a cena vai começar Um sorriso envenenado, pronto pra enganar Nos fios da mentira, te pus pra dançar Mas, no fundo, eu me odeio por te manipular Olhos que me seguem, teu mundo a brilhar E eu aqui, presa, sem coragem de parar Cada passo teu, meu plano a ditar E minha alma sangra, mesmo sem confessar Teu coração pulsando, mas não é por ti Cada batida é um erro que eu causei aqui Eu puxei as cordas, você caiu por mim E no reflexo vejo só o meu próprio fim Sou veneno, veneno, veneno Cicatriz que carrego em silêncio Prometi, menti, caí E agora já não sei fugir Sou veneno, veneno, veneno Prisão que eu mesma inventei Te usei, chorei, pequei E nunca mais serei alguém Palavras que feriram mais do que pensei Mas cada golpe em ti, doeu também em mim No palco da mentira, sou atriz sem lei E quando a máscara cai, só resta o vazio aqui Sorriso que engana, toque que seduz Te dei a esperança, eu mesma sou a luz Mas cada brilho falso foi minha própria cruz E a culpa me consome, me reduz Sussurros venenosos, doces de provar Mas cada beijo falso me fez desmoronar Me perco no teatro da minha ilusão E amar você virou só destruição Sou veneno, veneno, veneno Cicatriz que carrego em silêncio Prometi, menti, caí E agora já não sei fugir Sou veneno, veneno, veneno Prisão que eu mesma inventei Te usei, chorei, pequei E nunca mais serei alguém Me pergunto se um dia vou me perdoar Ou se vou sangrar pra sempre nesse lugar Seus olhos me matam, mas não posso voltar Pois no fim da farsa Quem perdeu fui eu Ecoam as mentiras, o peso do meu olhar Tudo que toquei, feriu sem notar O palco é meu mundo, mas já não posso amar Cada fio da marionete me faz sangrar Sou veneno, veneno, veneno Ecoando até o final Mentir, fingir, sorrir Foi tudo meu maior pecado Sou veneno, veneno, veneno E eu nunca mais serei igual Te amar, ferir, cair É tudo que sobrou de mim