Oh, oh Pelo amor de Deus Inspiração pelo amor do pai Me deixe em paz Não aguento mais Vai, mas volta, por favor Pra mim sentir o calor Me usa de instrumento pra compor Mais amor nas minhas cordas vocais Lá pelos sessenta Eu quero a prateleira Cheia de relíquias E um sítio em Minas Gerais Conhecer a Bahia e seu cais E saber qualé de São Paulo e seu caos É como eu sempre falo aqui no Morro do Galo Quando o Sol vai embora sempre parece um espetáculo Mas além do céu, também tem tráfico explícito Dias lotam igreja Velhos perdem o fígado E eu sigo sem imitar gringo Duck mostra pro mundo que o Migos precisa aprender com a tribo Da periferia Mas a rua não é tão macia Eu olho a vida A mente frita e desconfia Tipo quem que é a polícia da polícia, hein? Uel, uel, uel, uel Agora sou eu e eu (eu e eu) No Morro do Galo Ó céus (ó céus) Demoro, demoro, demoro (é o caldo) Uel, uel, uel (tá na mão, tá na mão) Agora sou eu e eu (só eu, só eu, só eu) No Morro do Galo (aham) Ó céus (ó céus) O frio causa arrepio em quem tá de peita regata Calor humano derretendo as calotas polares, wow Ando pelos ares, visão periféricas das bombas nucleares Casas de madeira com paredes rebocadas Carregam pedregulhos e falácias desbocadas Não pega nada Sai Pros olhos que me perseguem, eu sou um divisor de águias Berma, blusa larga marolada Debaixo do cacho entorpecente verde lima Marca de pneu no asfalto na rua de cima Empinado grau, dibicando pipa Parapapapum bap estrala Cabeça na caixa gastando com as concubinas Passando pela esquina Pegando um do resina Dedo amarelado, a cena já tá China Quem vai se aventurar quando o Sol se pôr? Eu peço mais amor Até pros de má fé Dichava mocado pra não dar caô A rua tem dispor Mas só se nós tiver Uel, uel, uel, uel Agora sou eu e eu (eu e eu) No Morro do Galo Ó céus (ó céus) Demoro, demoro, demoro (é o caldo) Uh eu, uh eu, uh eu (tá na mão, tá na mão) Agora sou eu e eu (só eu, só eu, só eu) No Morro do Galo (aham) Ó céus (ó céus)