Eu nasci no interior Nunca neguei a ninguém A terra que a gente vem Merece todo amor Lá sorri e senti dor Lá eu fui feliz demais Sempre que olho pra trás Quero voltar sem ter freio Quem esquece de onde veio Não sabe pra onde vai (Oh, uo-ooh) (Oh, uo-oh, oh, ooh) (Oh, uo-ooh) (Oh, uo-oh, oh, ooh) (Paixão Nordestina!) Já me falaram desse tal de erudito Mas meu negócio é a cultura popular É o reisado É o pastoril, é o Boi Calemba Tomar cachaça na feira do Ceará É o suor do nego tocando pandeiro É o nordeste brasileiro cantado em todo lugar É a rabeca no lugar do violino Me desculpe seu menino, mas agora vou falar Antes de você, sou Caiapó Sou canto do Mangue, Maceió Nosso Deus é o mesmo É o Deus Tupã! Potiguaras Guaranis A minha gente não precisa de esmola Herança dada por qualquer outra nação Se for preciso a gente puxa a peixeira É Jararaca, é Jesuíno, é Lampião É o olhar da moça bonita na beira Do açude gargalheiras Sangrando em pleno sertão É o cordel de mestre Antonio Francisco Desse rio grande bonito Terra de sol e de mar O ritual antropofágico vai começar Eu sou Tupã, o Deus Pajé, não temo a sorte Eu sou sua morte, eu quero sua alma Tenho fome, sou imortal Aos grandes Tupis, canibais, deuses celestiais Os deuses descerão em busca das almas prometidas Olha nos olhos da fera e enfrenta a garganta voraz Devorar, Devorar, Devorar Teu desatino é meu destino Sou devorador de estereótipos E teu destino mudarei O Meu sangue é mel! É mel de rapadura Minha pele é um gibão de couro E eu vou lhe mostrar O Meu sangue é mel! É mel de rapadura Minha pele é um gibão de couro E eu vou lhe mostrar O Meu sangue é mel! É mel de rapadura Minha pele é um gibão de couro E eu vou lhe mostrar O Meu sangue é mel! É mel de rapadura Minha pele é um gibão de couro E eu vou lhe mostrar!