500 anos tudo igual América, justiça 500 anos depois tudo igual Justiça, ódio 500 anos depois Jesus está por vir, mas o diabo já está aqui 500 anos o Brasil é uma vergonha Polícia fuma pedra, moleque fuma maconha Dona cegonha entrega mais uma princesa Mais uma boca, com certeza, que vem à mesa Onde cabe um, dois, cabe três A dificuldade entra em cena outra vez Enquanto isso, playboy forgado anda assustado Deve tá pagando algum erro do passado Assalto, sequestro, é só o começo A senzala avisou, mauricinho hoje paga o preço Sem adereço, desconto ou perdão Quem tem vida decente, não precisa usar oitão É doutor, seu Titanic afundou Quem ontem era a caça, hoje e pá, é o predador Que cansou de ser ingênuo, humilde e pacato Empapuçou, virou bandido e não deixa barato Se atacou e foi pra rua buscar Confere se não tá abrindo o seu frigobar Na sala de estar, assistindo um DVD Com sua esposa de refém, esperando você Quer sair do compensado e ir pra uma mansão Com piscina digna de um patrão Com vários cães de guarda, rottweiler Dama socialite de favela, estilo Cali Quer jantar com cristal e talheres de prata Comprar 20 pares de sapato e gravata Possuir, igual você tem um Fokker 100 Tem também, na garagem, dois Mercedes-Benz Voar de helicóptero à beira-mar Armani e Hugo Boss no guarda-roupa, pra variar Presentear a mulher com brilhantes Dar gargantilha 18 pra amante Como agravante, a ostentação O que ele sonha, até então, tá na sua mão De desempregado a homem de negócio Pulou o muro, já era, agora é o novo sócio