É a caminho do almoço Que a cena se dá. Nosso novo personagem Encontra o seu antagonista No chão. Este então o requisita Pedindo algum trocado Contando que está faminto Há dias e que está muito mal. O que está em pé lamenta, triste, Diz que está ruim também. pois é. O que tem mal dá prum lanche ou um salgado E depois condução pra casa, E amanhã tem o carnê, a conta, E tem o remédio, saúde, Tem o advogado, o aluguel, cigarro, O empréstimo, os juros, os juros dos juros Os futuros mendicantes, um salgado, um lanche, E todas as conduções, sejam públicas ou privadas, Os milhares de carnês e contas que vencerão à cavalo, Pilhas e pilhas de remédio e acessórios da velhice Inteira, Os advogados caros dos filhos e dos netos e agregados Todos, Sem falar nos gastos extras, deus que o livre, tão sempre Aí. Você sabe como é.