Entre o sim e o talvez Aprendi a me esconder Nem toda cura é calma Nem todo amor é pra vencer Pintei de cinza o que doía Pra disfarçar o excesso de cor E percebi que o equilíbrio Às vezes é só falta de ardor Sou o quase, o meio, o intervalo A pausa entre o antes e o depois Nem tudo o que acaba morre Nem tudo o que fica é nós dois Vivo em meio-tom Onde o certo é relativo Nem luz demais, nem escuridão Só um reflexo indeciso Vivo em meio-tom Entre o grito e o abrigo Se o amor for tudo ou nada Então eu fico no meio comigo Aprendi que sentir não tem medida Mas o medo insiste em calcular Metade de mim quer ir A outra só sabe ficar Não é indecisão, é defesa Não é calma, é contenção Às vezes a paz que eu mostro É só freio pra emoção Sou o quase, o meio, o intervalo A sombra clara que ninguém vê Nem toda escolha é escolha Às vezes é só o que dá pra ser Vivo em meio-tom Onde o certo é relativo Nem luz demais, nem escuridão Só um reflexo indeciso Vivo em meio-tom Entre o grito e o abrigo Se o amor for tudo ou nada Então eu fico no meio comigo Talvez o meio seja o meu inteiro Meu jeito de não ruir Entre o branco e o preto Eu aprendi a existir Vivo em meio-tom Sem cor definida Nem fuga, nem volta Só vida contida Se o amor for 8 ou 80 Eu fico na contramão Sou calma e tempestade Em mesma canção