Onze horas começa a novela Mamãe diz que não posso ficar acordada Meia-noite Me sento na minha janela Rodo o quarto e o sono foge como comida do prato Uma hora Lá vem a paranoia Duas horas A depressão Três horas A solidão Três e meia a pele coça, tiro a armadura e o sangue transborda Quatro horas Olho para aquele quadro louco e o espelho quebrado Quatro e vinte, me dê um baseado Eu quero morrer chapada antes das sirenes chegarem no meu quarto Cinco horas, me pergunto que horas o Sol vai nascer Me acalmo e me mexo até o sono aparecer Finalmente O Sol vai nascer E com ele o meu pesadelo começa a se esvaecer Cinco e meia o despertador tocou Desligo e digo: Por que que tu me acordou? As vozes sussurram: Dorme só mais um pouquinho Quase seis horas, já é hora de ir embora Levanto, paro e penso Esta tudo bem aqui dentro Foi só mais um pesadelo sem alento