Sentado a beira do rancho Dedilha as cordas de uma guitarra. Quando o sol vai se escondendo, Mistura o canto de uma cigarra. Antes que a lua apareça E a noite cresça se vai... se vai... Cantando um “chamamezito” Recorre as redes no uruguai. Do rio tira o alimento E ouve o lamento que o rio lhe faz. Da pesca vem o sustento Nos cardumes que o remanso traz. É costeiro, é chalaneiro, E às vezes chibeiro num vai e vem... Por ter nascido costeiro Conhece as águas como ninguém. Seu encanto, sua vida e seu mundo É a barranca do rio, Pois nasceu já faz “tempito” E dos sete povos nunca saiu.