Já deixei de viver, mas ainda respiro Carrego a dor que me mantém em equilíbrio Entre sombras e luz, eu busco razão Enquanto o tempo me leva em contramão Olho pro espelho, vejo marcas no rosto Cada linha conta história de desgosto Lutas que enfrentei, amores que perdi Sorrisos falsos pra encobrir o que senti A rua me chama, mas eu já não respondo A brisa é pesada, o silêncio é profundo Levo nos olhos a fome de lutar Mesmo que o chão me tente derrubar Já deixei de viver, mas não de sonhar Minha força é ferida que insiste em sangrar Carrego no peito uma chama que arde Mesmo quebrada, não perco minha verdade Páginas viradas de um livro sem fim Cenas repetidas, mas quem cuida de mim? O mundo dá voltas, mas parece parado E eu corro sem rumo nesse chão rachado Já perdi amigos, já perdi a fé Mas nunca perdi quem no fundo sou até Minha voz é o grito de quem não desistiu Mesmo apagada, minha alma ainda reluz Já deixei de viver, mas não de sonhar Minha força é ferida que insiste em sangrar Carrego no peito uma chama que arde Mesmo quebrada, não perco minha verdade Cada lágrima que cai me fortalece Cada cicatriz é o que me enaltece Eu sou quem sou, fruto da minha dor E na minha luta, encontro meu valor Já deixei de viver, mas estou renascendo Dos escombros da vida, estou me erguendo Entre a dor e a esperança, eu sigo de pé Resistindo ao peso que o mundo me impõe com fé