A gente costumava voar junto, o espaço e o astronauta E ninguém separava, o Samba e o Exalta Agora já nem sei qual é a pauta Só sei que se amizade fosse um curso, os dois reprovava por falta E eu sinto sua falta, tipo a página em branco aguardando o traço Tipo o mais loko flow fora do compasso O atacante depois do gol sem ninguém pro abraço Sei que a vida tem seus próprios caminhos mas a gente tinha combinado Seguir lado a lado e eu tava afim mesmo Num aceito desculpas tipo: A vida é assim mesmo Promessas que quebrei pra ti, quebrei pra mim mesmo Podia ter ligado e isso serve pros dois Mas são coisas que deixamos pra depois e depois e depois Humanos ignorantes Depois do depois a gente se arrepende por não ter ligado antes Onde você vai sozinho assim? Sem rumo, sem volta, sem a minha companhia e sem tino Onde você vai sozinho assim? Me chama que eu vou E talvez a gente ache um destino Direto alguém pergunta de você, o quê que eu vou dizer? Fico sem graça por não ter o que responder Boto a culpa no trampo, falo do bebê Dos astros, do trânsito e sei lá mais do quê Sem saber que é indiferente As desculpas que damos pros outros ou as que inventamos pra gente Quando a verdade grita a fratura exposta O olhar perdido gabarita todas as respostas E só quem passou tempo sozinho demais Sabe exatamente a falta que um amigo faz Trocar uma palavra traz um bem e tanto E eu preciso de tantas palavras, meu dicionário veio em branco Pra resolver era um, dois Mas são coisas que deixamos pra depois e depois e depois Humanos ignorantes Depois do depois a gente sofre por não ter ligado antes Onde você vai sozinho assim? Sem rumo, sem volta, sem a minha companhia e sem tino Onde você vai sozinho assim? Me chama que eu vou E talvez a gente ache um destino O que vem depois do depois É mistério, é deserto, é maré É distância que ninguém transpôs É mergulho onde nunca deu pé O que vem depois do depois É o incerto, é o além e o até Melodia que ninguém compôs E uma fenda para São Tomé