Era uma vez Eu dentro de casa, cansada do mesmo E aconteceu Bem dessa vez Eu quis sair Tudo lá fora atraía com brilho E eu fugi Depois dos portões sonhei Do mundo eu era rei Podia escrever algo novo Usando somente minhas mãos Os sonhos que almejei As coisas que desejei O que toquei, alcancei, possuí, me entreguei à ilusão Mas sei que eu Que eu me perdi Tentando me encontrar (hm!) Foi tão profundo que o poço mais fundo não tem mais lugar pra ti! Eu percebi (un - hum) Nada ganhei (eu sei) Os que amei, eu perdi, eu soltei Eu deixei para trás Mas se eu tentar? (Se tentar) Se eu voltar? (Se voltar) Será que ainda há lugar? Eu posso retomar minha direção? Depois dos portões eu vi O erro que cometi O que conquistei Posso ver escorrendo por entre minhas mãos Os muros em construção Pra mim eram proteção Busquei liberdade, encontrei o perigo Hoje eu sou solidão Hoje eu sou solidão Voltarei para casa, essa é a solução Vou andar, vou correr em sua direção Eu cansei da odisseia movida à Soberba presunção Num instante, eu avisto o pai se aproximar Já não sei se há perdão, mas preciso tentar Eu me lanço aos seus pés, e começo a clamar Nem sei como vou falar Não sei se vais me aceitar Pai, eu me humilho, me torno teu servo Me deixa voltar? Foi quando ele me alcançou Correndo me abraçou Eu já era outro, mas seu amor não mudou Me disse que perdoou Há muito me esperou Se fez meu abrigo e a todos, disse o pai Meu filho voltou! Eu não sei quão distante ou perdido estás, mas sei Que ele está a te esperar Eu sei que mesmo que faltem forças e longe sentir O pai de amor te encontra Vida nova, enfim