De mim você não vai ver um discurso vendido Eu sou o mano que escolheu não ser oprimido Vou falar de luta, pro hipócrita ajoelhado Acorrentado espiritualmente, enterrado Quer respeito? Então levanta a cabeça E reconheça a derrota da sua militância Seja o fogo que esquenta, a luta real Contra o conflito, de interesse imoral Faz pose de vítima, mas ama o carrasco Se esconde com medo, como tartaruga no casco Eu sou o pulso que rompe o sistema Não sou escudo pra quem foge do dilema Se é pra falar, que seja verdade Não com a máscara da falsa humildade Não me chama pra ser símbolo vencido RC usando a rima como Aço fundido Em minha defesa, quero denunciar Que o choro coletivo, vai ti fazer pensar Quem estava errado e quem criou caso Quem apontou o dedo, vai chorar esse o fato Não sou bandeira de quem se omitiu Que viu a injustiça e nunca reagiu Minha rima é faca, dê corte preciso Não sou iludido com discurso de político Derruba a comunicação desse individuo Quero ver ele denuncia sendo oprimido Eu sou o grito, que rasga o silêncio Não sou alívio pra quem vive com medo Quer revolução? Então queime o script Não se acomode no papel coadjuvante triste Eu sou o ato, sou verbo insurgente Não sou escada pra quem vive ausente Não me use pra validar sua opinião Se escolheu o medo, não terá meu perdão Sou a tempestade, o desfecho o resultado Que faz acéfalo pensar no desfecho criado Em minha defesa, quero denunciar Que o choro coletivo, vai ti fazer pensar Quem estava errado e quem criou caso Quem apontou o dedo, vai chorar encarcerado