Orayê — capital de Angola é Luanda, é Orayê — cante Banto, Nagô, Umbanda, Ijexá Zumbi, condutor da luta Faz nascer da mulher negra uma inovação Performance perfeita, faz dos mártires Símbolo da união Exuberante canto mais forte Mulheres que encontraram a morte Na rebeldia que transcendiam Muculmanos malês É de Malê, de Malê Babá É de Nanaê É de Malê, de Malê Babá É de Nana Euá Mulheres de ferro, de guerra, arsenal de almas De ferro e beleza real De tanta coragem, de tal rebeldia Marcaram a passagem cruel e sangria Rainha de Angola, Njinga Mbandi Tenza e serena, astuta em si Sabia em que hora devia agir Ficou na história por seu resistir Tereza, Rainha de Quariterê Feroz e felina no seu combater Seu corpo era vinha, deleite do ser Ardendo no veneno pra não se render Afrekete, nas pedras rebate o mar Trança na fé, ginga a dança que vem de lá A negra Brandina, mulher pensão Provia pro povo, guarida e pão Exemplo de negra, de mãe e florão De fibra, de raça, de amor e paixão Luiza Mahin, líder dos Malês Manteve amores com um português Requinte de flores e de bela tez A mãe de tias, rainha dos reis E Xica da Silva, nasceu pra traçar O que Zezé Motta clareia no ar E terceiro mundo segura a clamar Amandla, mulher negra Orayê — capital de Angola é Luanda, é Oraye — cante Banto, Nagô, Umbanda e Ijexá