Os deuses convidam E que todos assistam essa ira de pai No mar de energia, ligado à Bahia No templo de mil orixás De lá, toda aurora vibrante Alfora no verbo de luz Que a vida acusa a nudez da Medusa Que a flora produz Difusas culturas por essas alturas também descendi De Atlas, o mito, talvez acredito que pude surgir No céu estrelado, chuvoso, suado Momento que não terá fim Embora distante, está aí delirante Vou cantar assim, cadê o mar? Ca ca ca, caminho ô, caminho ô Ca ca ca, o mar é o caminho Ca ca ca, caminho ô, caminho ô Ca ca ca, o mar é o caminho Atlântida, é Atlântida! Éden que o dilúvio, há milênios, afogou Atlântida, é Atlântida! Cinzas do destino, puro pó do Poseidon Atlântida, é Atlântida! Éden que o dilúvio, há milênios, afogou Atlântida, é Atlântida! Cinzas do destino, puro pó do Poseidon Egito e Atenas sofreram na cena, oh guerra cruel! Meu Deus, que loucura! Na noite escura, rasgaram os céus As flores caladas morreram afogadas E os animais, na triste tragédia Cálculo, em média, sumiram bem mais Do Olimpo se via aquela agonia Na ilha, no mar Que os deuses amavam, por isso choravam Num triste pesar O mundo lendário, do céu sustentáculo Com o perfeito cristal Que torna à tona, consenso proclama Reflexu’s, carnaval A fertilidade e a tenacidade daquela nação Que agora narramos, e unidos Cantemos contigo, ó Platão, cadê o mar? Ca ca ca, caminho ô, caminho ô Ca ca ca, o mar é o caminho Ca ca ca, caminho ô, caminho ô Ca ca ca, o mar é o caminho Atlântida, é Atlântida! Éden que o dilúvio, há milênios, afogou Atlântida, é Atlântida! Cinzas do destino, puro pó do Poseidon Atlântida, é Atlântida! Éden que o dilúvio, há milênios, afogou Atlântida, é Atlântida! Cinzas do destino, puro pó do Poseidon