Quando eu me for, não digam que morri Respeitem o meu silêncio quando eu partir Alguém por acaso já lhes disse que morreu? Nenhum morto disse e jamais dirá, nem eu A vida não é casa de só um corpo e uma só voz Dar abrigo a todos é o que a faz tão rica Ela tem a porta sempre aberta para todos nós Entra um corpo, outro corpo sai, e a casa fica Nenhum humano pode me tirar daqui Ninguém é capaz de saber da minha sorte Que nunca morreu não pode saber que morri Não chamem o meu silêncio de morte Não matem as pessoas no peito. Abracem O silêncio que elas deixam em seu lugar Elas não morrem, só dormem, e partem Para nova vida onde depois vamos morar Quando eu me for, não digam que morri Respeitem o meu silêncio quando eu partir Alguém por acaso já lhes disse que morreu? Nenhum morto disse e jamais dirá, nem eu Não matem as pessoas no peito. Abracem O silêncio que elas deixam em seu lugar Elas não morrem, só dormem, e partem Para nova vida onde depois vamos morar