Vem provar do meu tempero Minha Vila tem sabor Vem ver como é que é, quem tem samba no pé Minha águia, meu amor! Voando nesta poesia Nenê vem contar uma história do mundo Com graça, estilo, elegância No balanço do samba, a riqueza do sal Descrito no livro sagrado Foi a punição, o castigo ao pecado Na antiguidade a chama do fogo fez o homem despertar Era o início da procura ao paladar Ao faraó, a eternidade Na china, o valor comercial Soldado de Roma recebeu salário Com o sal do olimpo se fez ritual É sabedoria no batismo do Cristão Feito aliança, celebrando em comunhão Na tela Da Vinci pintou O saleiro tombado revela o traidor Soberania, uma obra do destino Foi concedido o direito à exploração Daí então o mineral se extraiu Da pátria amada, idolatrada, mãe gentil Sal de cada dia, fonte de energia essencial à nação Mas atenção, o sal à vida faz o bem e o mal Em nosso corpo tem função vital Seu exagero prejudica o coração Superação, comunidade Matildense em união Suou, sangrou e até chorou Agora em festa, a Zona Leste que voltou