Onde se vê aquela torre, havia uma casa vazia Foi lá que eu tombei quando tentei salvar a minha pretinha Digo pretinha mas ela era bem mais alta que eu Um pobre pangaré metido a puro sangue, deu no que deu Vendo tudo em preto e branco, eu ou ela, não vacilei Por cima de quem quer que fosse eu passaria, até de um rei Dei um pinote, arranhei os cascos no lagedo e me pus Na frente da minha dama, feito um bravo e destemido andaluz Ninguém encostaria um dedo na minha rainha de ipê Morreria se preciso fosse só pra ela viver O mundo desabou em mim, enfim, me pôs fora de combate Mas meu sacrifício foi o início de um belo xeque-mate